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Os dados que subsidiaram a elaboração deste mapa foram adquiridos pelo navio hidrográfico Sirius (H-21), pertencente à Marinha do Brasil (MB), o qual realizou o levantamento batimétrico com multifeixe (MBES - Multibeam Echo Sounder) na ERG Central no período de 27 de outubro de 2009 a 25 de abril de 2010, subdivididas em 04 comissões denominadas PROERG I, II, III e IV, visando o reconhecimento geomorfológico da região. O equipamento utilizado para aquisição dos dados MBES foi o EM -302 da Kongsberg, operando na faixa de frequência de 30 kHz com 288 feixes capazes de determinar até 432 sondagens por pulso. Os arquivos foram gerados e gravados no formato *.all, com auxílio do software de aquisição Seafloor Information System (SIS). O processamento dos dados brutos foi realizado através do software Caris HIPS & SIPS v.11. O mosaico de retroespalhamento acústico foi calculado com uma resolução de 50 m e a área representada é de aproximadamente 45 mil km2. Enquanto a batimetria é um dado muito direto, pelo menos em teoria, representando a distância entre a superfície e o fundo do mar, a intensidade do retroespalhamento acústico possui um conceito mais complexo. A sinal acústico refletido é uma combinação dos processos acústicos e geofísicos, considerando a transmissão e registro nos equipamentos eletrônicos do sonar, assim como fenômenos complexos que acontecem ao longo da coluna A ERG central apresenta quatro padrões de respostas na intensidade do retroespalhamento acústico, reconhecidos como diferentes fácies: a) alta intensidade com textura heterogênea (cinza muito escuro e preto); b) moderada a alta intensidade e fácies heterogênea (cinza médio e feições visíveis); c) baixa a moderada intensidade e perfil homogêneo (cinza médio) e d) baixa intensidade com textura homogênea (cinza mais claro). O retorno mais intenso do sinal mostra uma correlação com a batimetria, pois ocorre em regiões mais rasas e com declives acentuados. De uma forma geral as regiões com maior intensidade também são representadas por crostas cobaltíferas, rochas sedimentares (carbonáticas fosfáticas) e áreas com grande colonização de organismos bentônicos. Muitas vezes as crostas e rochas estão cobertas apenas por uma fina camada de sedimentos, o que foi observado durante alguns mergulhos feitos pelo ROV do navio Vital de Oliveira (CPRM, 2018).
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O PROERG foi criado em 2009 no âmbito do Programa de Prospecção e Exploração de Recursos Minerais da Área Internacional do Atlântico Sul e Equatorial (PROAREA) tendo como propósito identificar e avaliar a potencialidade mineral de áreas com importância econômica e político-estratégicas para o Brasil. O programa é um desdobramento do Plano Setorial para os Recursos do Mar (PSRM) e vem sendo desenvolvido pela Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM) e pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), com a participação de segmentos de órgãos governamentais, instituições de pesquisa e comunidade científica. No âmbito deste programa o SGB-CPRM realizou levantamentos na Elevação do Rio Grande (ERG), os quais indicaram a presença de Crostas Ferromanganesíferas Ricas em Cobalto (CFRC) e também a ocorrência de outros minérios, contendo Níquel, Platina, Manganês, Tálio e Telúrio, de relevante potencial científico e econômico. Em dezembro de 2013, a CPRM submeteu à análise e aprovação da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA), tendo seu Plano de Trabalho aprovado em novembro de 2015 para exploração de CFRC’s na forma de Contrato, de uma área de 3.000.000 km ² localizada em áreas, além da jurisdição nacional, no Atlântico Sul. Com o aumento dos estudos na região da Amazônia Azul e em áreas internacionais o estado Brasileiro encaminhou, em 17 de maio de 2004 sua submissão à Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC), visando ao reconhecimento da extensão de sua plataforma continental com o prolongamento natural do seu território terrestre, até o bordo exterior da margem continental, além do limite de 200 MN das linhas de base a partir das quais se mede a largura do mar territorial, conforme previsto no artigo 76 (4) e (6) da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito no Mar ou "United Nations Convention on the Law of the Sea (UNCLOS)". No entanto, novas informações geológicas, geofísicas e geomorfológicas coletadas pelo SGB-CPRM e por outras instituições brasileiras sobre a margem oriental brasileira, proporcionaram ao Estado Brasileiro uma nova submissão da margem oriental revisada junto a CLP C em dezembro de 2018, a qual incluiu toda a região da ERG como extensão da PCJB. Os dados que subsidiaram a elaboração deste mapa batimétrico foram adquiridos pelo navio hidrográfico Sirius (H-21), pertencente à Marinha do Brasil (MB), o qual realizou o levantamento batimétrico com multifeixe (MBES - Multibeam Echo Sounder) na ERG Central no período de 27 de outubro de 2009 a 25 de abril de 2010, subdivididas em 04 comissões denominadas PROERG I, II, III e IV, visando o reconhecimento geomorfológico da região. O equipamento utilizado para aquisição dos dados MBES foi o EM -302 da Kongsberg, operando na faixa de frequência de 30 kHz com 288 feixes capazes de determinar até 432 sondagens por pulso. Os arquivos foram gerados e gravados no formato *.all, com auxílio do software de aquisição Seafloor Information System (SIS), sendo o processamento dos dados realizado através do software Caris HIPS & SIPS v.10.4. A superfície batimétrica da ERG Central foi calculada com uma resolução espacial de 50 m e o Modelo Digital do Terreno (MDT) gerado no ArcGIS. Os dados batimétricos foram adquiridos em uma área de aproximadamente 45 mil km2, a qual possui uma variação de isóbata entre 2.775 a 550 m de profundidade.